Depressão
"Vivo cansada."
"Não tenho vontade de levantar da cama."
"Eu sou um fracasso, por que sou assim?"
“Quero voltar a ser como era.”
"Não aguento mais me sentir assim."
"Só quero que isso termine."
"Eu me pego chorando sem motivo."
Esses são alguns dos pensamentos que passam pela cabeça de pessoas deprimidas, com tristeza profunda.
Invadidos por uma tristeza avassaladora, um sentimento de incapacidade, como se todos os dias fossem cinza, pensamentos intrusivos que inundam suas mentes.
Independente se a pessoa é rica ou pobre, trabalha ou não, tem histórico de fracassos/sofrimentos ou uma família acolhedora e um emprego bom, a depressão pode surgir em qualquer um, em qualquer momento da vida.
O aumento no individualismo, a perda de conectividade social no mundo moderno, tem sido um dos fatores que contribuíram para o aumento da depressão nos últimos 50 anos. Atualmente, há muito mais pessoas morando sozinhas. Somos seres gregários; a história da humanidade foi escrita em tribos, posteriormente em sociedade. Um dos motivos pelos quais sofremos tanto com o abandono e a solidão é que estamos menos conectados um com o outro.
Outro fator é a vulnerabilidade biológica. Primeiro, é necessário eliminar outros problemas médicos, como o uso de álcool e drogas; desequilíbrio na tireoide, anemia ou causas naturais, como o luto, por exemplo.
Mas algumas pessoas são mais vulneráveis a desenvolver depressão unipolar ou bipolar. A causa disso ainda é desconhecida.
E existem muitas formas de estar deprimido.
Você pode ter o transtorno depressivo maior (TDM), que é mais agudo, tem duração de no mínimo 2 semanas, ou o transtorno depressivo persistente, que dura pelo menos 2 anos. Tem uma característica mais crônica, mais leve, porém os sintomas são mais duradouros.
Os dois tipos podem coexistir, chamando-se de depressão dupla.
Mas existe também o transtorno bipolar, que é uma alternância entre estar deprimido e períodos de "mania" ou "hipomania", onde os pacientes sentem euforia, autoestima excessivamente alta e muita energia. Não necessitam de muito sono, falam rapidamente, podem ter descontrole sexual e financeiro, se colocando em situações de risco.
Para identificar qual tipo de depressão você apresenta, é necessária uma avaliação com um psicólogo, e, dependendo do caso, será necessário passar por um atendimento com psiquiatra para avaliar a necessidade do uso de medicamentos em conjunto com tratamento psicológico.
Por isso, fique alerta se você apresentar os seguintes sintomas, sem causa aparente: humor deprimido, perda de interesse nas atividades ou quatro dos seguintes sintomas:
Sentimento de inutilidade ou culpa
Dificuldade de concentração ou de tomar decisões
Fadiga ou baixa energia
Insônia ou hipersonia (sono aumentado)
Perda de apetite, perda de peso ou ganho de peso
Agitação ou retardo psicomotor
Pensamentos de morte ou suicídio.
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